EL USO DEL RP10 Y SU AUTOABASTECIMIENTO SE ESFUMAN COMO GRANOS DE ARENA



Las oportunidades de fortalecer las aplicaciones nucleares a favor del país, siempre parecen esfumarse cuando las tenemos en las manos, como granos de arena.

El país dispone de un reactor nuclear de 10 MW de potencia, la más alta actualmente en América Latina (desde México hasta Chile), y desde 1989. Hace unos 5 años (2007) se supo de la gran crisis de suministros de radioisótopos en el mundo, debido a que el primer proveedor, tendría dificultades en la producción, como consecuencia de la parada de los reactores donde se irradiaban los blancos.

Era la oportunidad de entablar acuerdos comerciales con los grandes proveedores del mundo, y poner nuestras instalaciones en el mercado. Algunos tocaron las puertas del IPEN, plantearon esa posibilidad (2009-2010), pero finalmente por razones que no se conocen con claridad, pero superan lo técnico, terminan frustrándose. Y, nuestra máquina, sigue adoleciendo de mayor demanda, operamos a unos 10% (12 horas semanales) de su capacidad (120 horas semanales).

En nuestra memoria, están algunas similares propuestas o parecidas en los años 1992 o 1997. Siempre hay una decisión que se opone. Sabido es que el mercado nacional es pequeño, por lo que la mira es la exportación, consecuentemente el reto es contactarse con aquellas empresas que saben del mercado internacional.

Este mismo problema en los países cercanos provocó que decidieran construir reactores nucleares de unos 20 MW de potencia, caso Brasil, que estaría operando para 2017. Hace unos días, en el Jornal da Ciencia (11-10-2012), el profesor Carlos Alberto Zeituni, del Laboratorio de Producción de Fuentes, del IPEN/CNEN-SP, ha hecho conocer que Brasil ha realizado un acuerdo de cooperación, transferencia tecnológica y negocios, con la VARIAN empresa americana de reconocido prestigio internacional fabricante de dispositivos médicos, para la producción de pastillas de Iridio – 192.

El objetivo nacional brasilero es ser autosuficiente en la producción de radioisótopos, para ello la empresa le transferirá su tecnología (construcción de fuentes, inspección y envió a los usuarios), a cambio Brasil producirá las fuentes (al inicio el material radioactivo vendrá del exterior), y lo comercializarán, en el futuro próximo (2017, iniciará la operación del reactor multipropósito que están construyendo), Brasil se hará dueño del mercado en Latino América.

Como vemos nuevamente las oportunidades se dejan pasar, mientras que otros países sí concretan cosas. Por ello, amerita que alguna autoridad del gobierno o del congreso pida cuentas sobre estos hechos al IPEN, y aclaren dudas ante la sociedad, de otro modo puede parecer que los trabajadores no se preocupan de incrementar el uso del reactor.


Agustin Zuñiga


Lima, 15 de octubre de 2012



Nota:


Adjunto el texto del artículo de Jornal da Ciencia (del 11 de octubre de 2012)


Braquiterapia ganha força no País com a nacionalização de fontes de irídio-192


Referencia (JC e-mail 4602, de 11 de Outubro de 2012).


 
Acordo do Ipen com fabricante internacional de dispositivos médicos vai aumentar o acesso a esse tipo de tratamento contra o câncer. Um passo a mais no processo rumo à autossuficiência do Brasil na produção de radioisótopos. Uma boa notícia para quem precisar tratar de câncer na próstata, colo do útero, endométrio, mama, brônquios, esôfago, entre outros.

A partir de agora, o Brasil pavimenta o caminho para começar a produzir fontes de irídio-192, material radioativo de proporções milimétricas empregado no tratamento de diversos tipos da doença. A iniciativa será possível graças a um acordo entre o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e a fabricante californiana de dispositivos médicos Varian.

Pellets de irídio-192 são um tipo das fontes necessárias para a braquiterapia, técnica onde as fontes de radiação são colocadas a curta distância do tumor (na maioria dos casos, inseridas dentro do corpo), o que permite doses mais elevadas, de forma localizada. Com ela, tenta-se reduzir a exposição de órgãos e tecidos saudáveis.

Além dos pellets de irídio-192, o grupo de braquiterapia do Ipen/Cnen-SP também trabalha com fios de irídio-192 (produzidos comercialmente no Brasil há quinze anos), para tratar câncer em partes pouco acessíveis, como o palato; e com sementes de iodo-125, utilizadas no tratamento dos cânceres de próstata, oftálmico, pulmonar e cerebral, conforme detalha ao Jornal da Ciência o professor Carlos Alberto Zeituni, do Laboratório de Produção de Fontes para a Radioterapia do Ipen.

Mais barato e seguro - Ele conta que no caso dos pellets de irídio-192 de alta taxa de dose, objeto do contrato com a Varian, o material é colocado dentro de uma máquina blindada, chamada afterloading. "O médico coloca cateteres até atingir o local do tratamento e, depois da saída da equipe da sala, as fontes radioativas são alocadas dentro do paciente, minimizando a dose que os médicos e físicos médicos recebem", explica.

Zeituni conta que seu grupo de braquiterapia foi procurado pela classe médica para produzir fontes de irídio-192 de alta taxa de dose especialmente por duas razões: o barateamento do processo, "pois cada troca de fonte custa aproximadamente US$ 10.000 e deve ser feita a cada três ou quatro meses"; e pela segurança, já que as fontes quase sempre têm uma liberação demorada na alfândega. "Por ser um material radioativo, pode ser complicado em caso de acidente", revela.

Mas o mais importante desta parceria, sublinha Zeituni, será o incremento da quantidade de máquinas operacionais que existirão no Brasil. O País tem hoje 71 equipamentos desse tipo. "Se levarmos em conta que nos Estados Unidos existe uma máquina para 150.000 habitantes, estamos muito atrás da quantidade necessária no nosso país". Ele também vê a evolução como oportunidade. "A Varian tem três fornecedores de fontes no mundo: Estados Unidos Bélgica e Holanda. Quando começarmos a produzir para a empresa, além de reduzirmos o preço final do produto no Brasil, poderemos fornecer este material para a América Latina toda."

Etapas - Na primeira fase do acordo, o Ipen receberá as fontes importadas da Varian em grande quantidade e vai fornecê-las aos hospitais, retirando as fontes velhas e levando-as para o Ipen, de onde serão posteriormente remetidas ao exterior. "Ou seja, na primeira fase, reduziremos a quantidade de transportes que chegam e vão para o estrangeiro. Menos remessas significam menos chances de erros. E, logicamente, também redução de custos", conta Zeituni.

Em seguida, a Varian trabalhará em conjunto com o instituto para permitir que se produzam no país as fontes de irídio-192, primeiramente enviando o material radioativo do exterior (a montagem será no Brasil) até que o País comece a fabricar o radioisótopo. Entre as responsabilidades do Ipen estão o fornecimento de recursos e equipamentos técnicos necessários para a construção, inspeção e envio das fontes; testes de controle de qualidade e o recolhimento das fontes após o término de sua vida útil.

À Varian competirá fornecer o conhecimento técnico para construção, inspeção e envio das fontes aos usuários. As reuniões para definir a operacionalização do acordo ocorrerão em novembro. "Acredito que, no mais tardar, em meados do ano que vem estaremos a pleno vapor", aposta Zeituni.

Autossuficiência - Além disso, o pesquisador conta que, no âmbito do Ipen, existe a previsão de começar a comercializar sementes de iodo-125 também em meados de 2013. "O laboratório de produção de sementes de iodo-125 começará os testes a frio, ou seja, sem material radioativo. Se os testes forem bons, o que acredito que serão, pois as partes individuais têm sido testadas, provavelmente teremos nesse prazo uma produção piloto visando começar a comercializar as sementes", ressalta.

A parceria com a empresa americana e a iniciativa do Ipen para a produção de sementes de iodo-125 são alguns passos a mais no processo de independência do Brasil na produção de radioisótopos e radiofármacos. Outra grande iniciativa será o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), com início de funcionamento previsto para 2017, que deve tornar o País autossuficiente na produção de substâncias essenciais para a medicina nuclear.

O Brasil possui atualmente quatro reatores de pesquisa em funcionamento. A produção de radioisótopos ocorre principalmente no reator IEA-R1, instalado no Ipen em São Paulo. Esse reator, porém, não atende a demanda brasileira dos radioisótopos utilizados na produção de radiofármacos, que em 2011 propiciaram a realização de cerca de 1,5 milhão de procedimentos de medicina nuclear.

Com o RMB, que será construído em Iperó (SP), a perspectiva é de que o custo das fontes seja menor, diminuindo ainda mais o preço do tratamento. Especialistas estimam que esse custo seja no mínimo 20% inferior ao atual. "O RMB produzirá o iodo-125 e o irídio-192, por exemplo. Além disso, será também um grande apoio para as pesquisas de novos radioisótopos, garantindo também a continuidade de nosso trabalho", conclui Zeituni.

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